Hoje, M A, Político, Deputado, Poeta, Escritor, Romancista, Cantôr de Fado Conimbricense, e outras coisas das quais não me lembrava e ao perguntar ao próprio tambêm ele não, devido a têr sido mencionado ontem na entrevista do PM, exigiu ao abrigo da alínea não sei quantos da lei promulgada numa data qualquer, o direito á resposta, como tal e porque a isso não me vejo obrigado, aqui vai a entrevista, que nunca foi feita.
- J: Boa Noite Dr. M A
- M A: Boa Noite mas eu como Homem de esquerda que me prezo não sou, não quero, nem admito que me trate por Doutor, é devido á cada vez mais proliferação de Doutores que a esquerda como a conheçia tem cada vez perdido mais terreno, a esquerda em que acredito tem que colocar é Doutores nos Hospitais e nos Centros de Saúde e não na politização obstinada esquerdista a caminho da capitalização abrupta a que estamos a assistir nos dias de hoje.
- J: Desculpe, desculpe, eu só estava a tentar sêr educado.
- M A: A educação a que hoje assistimos neste Portugal profundo, é uma educação que se está a perder no imenso caldo de culturas que cada vez mais perdeu a sua riqueza e complexidade, os versos que eram tão populares foram substituidos por décimas, quintilhas, sextilhas, alexandrinos e decassílabos.
- J: Desculpe mas como disse? - Deixe estar, continuemos então, o que tem a dizer sobre a politica actual?
- M A: O politico actual tem de sair das vielas e dos recantos do Parlamento e vir para a rua ouvir o povo, aquele povo português, verdadeiro sonhador, romântico, esquerdista que tem uma alma que sabe escutar, temos de continuar a sêr o povo do fado que fazia chorar as guitarras.
Este povo tão português anda cada vez mais a sofrer em sofrimento, a têr saudade de tempos á pouco passados, a têr saudades daquele amor perdido que tinha sido conquistado com o 25 de Abril, está a vir novamente a tragédia, a desgraça, a sina e o destino, a dôr e as misérias da vida.
- J: Sim mas com isso tudo está a dizer bem ou mal dos politicos actuais?
- M A: Os politicos actuais teem de estar embalados nas correntes do romantismo, uma melopeia que tanto exprima a tristeza unânime de um povo e a desilusão deste para com o ambiente instável em que viva, como abra faróis de esperança sobre o quotidiano das gentes mais desfavorecidas e, penetrar ainda na aristocracia, a que hoje se dá o nome de capitalismo, para se tornarem rapidamente uma força de expressão nacional.
- J: Bom, não percebi nada mas vamos avançar, o Sr. é ou não é oposição ao PM.
- M A: Não concordo com nada do que ele faça, mas tem todo o meu apoio para o que quizer fazer.
- J: Então mas se bem entendo, o Sr. tem estado a fazer oposição!
- M A: Sabe que como homem de esquerda que sou e que prezo muito em sêr, a mim corre-me no sangue a força de oposicionário, que nunca mas nunca irei deixar de sêr, aliás até lhe digo mais, a esquerda sempre foi e sempre será boa é na oposição, é aí que é o seu verdadeiro lugar, não é na governação.
Porque até não faz sentido, já viu em algum lugar a direita lutar por alguma coisa?
Quem tem sempre de estar na luta é a esquerda, mas para lutar não se pode governar, senão vai-se lutar contra o quê?
- J: Deixe-me então cá raciocinar, então o Sr. não queria o PS no Governo!
- M A: Mas quem lhe disse uma coisa dessas? Essa agora, eu sou e sempre serei Socialista, por isso quero sempre o melhor para o meu partido, e o melhor para o meu partido é estar na vanguarda da luta.
- J: Mas qual luta?
- M A: Bom agora a luta de sair da governação para depois se lutar para ir para a governação, simples, ideias estas que, e muito bem, o líder do meu partido está a seguir, está a fazer tudo ao seu alcançe para sêr corrido, para depois termos uma gloriosa luta de esquerda onde verdadeiramente somos bons, na oposição.
- J: Mas não foi isso que ontem aqui foi dito, bem pelo contrário.
- M A: Uma coisa é o que se diz, outra é o que se faz e nisso acho que concordará comigo.
- J: Sobre a insegurança tem alguma coisa a dizer?
- M A: A sua origem é boémia e ordinária, baseada nas discotecas e bordéis, nos ambientes de orgia e violência dos bairros mais pobres e violentos do País que estão a criar inclusivé um clima de insegurança que envolve já vicissitudes da vida parlamentar e política e que neste momento desperta já na voz popular a revolta mas pensamos e tudo estamos a fazer para o mais breve longo prazo estar resolvido.
- J: Para terminar, quem foram e são para si as maiores figuras do País?
- M A: Carlos Ramos, Alfredo Marceneiro, Maria Amélia Proença, Berta Cardoso, Maria Teresa de Noronha, Hermínia Silva, Fernando Farinha, Fernando Maurício, Lucília do Carmo, Amália Rodrigues, João Ferreira-Rosa, Teresa Tarouca, Carlos do Carmo, Beatriz da Conceição, Maria da Fé e o grande Eusébio e o Presidente do meu clube Luís Filipe Vieira.
- J: Mas só mencionou fadistas e figuras ligadas ao Benfica?
- M A: E existe mais alguma coisa que faça o País sêr conhecido Mundialmente?
Telefonou-me tambêm para o telefone fixo que não tenho, a líder do partido da oposição, sei que era porque um dos seus supra-sub-assessor disse-me que lhe ia passar o telefone, quando começei a ouvir uma espéçie de respiração do outro lado da não existente linha estive 10 minutos estou? estou? estou? mais 5 minutos, está lá? está lá? e ao fim desse tempo pipipipipipipipipipi.
Não posso por isso de deixar aqui uma critica penso que construtiva, como se costuma dizer o silênçio é de ouro e nos actuais tempos de crise, para seu próprio bem, esta senhora não devia gastar tanto silênçio, senão ainda vai á falênçia.
E pronto, aqui ficámos como estávamos, perfeitamente nada elucidados, foi uma entrevista que de uma vez por todas nos veio ainda criar mais confusão , e penso que a partir de agora não temos duvidas nenhumas sobre as ideias de M A, só restou dissipar uma pequena coisa, é saber que ideias são essas.
Boa Noite e Até á próxima!
That's All Folcks!